E aí pessoal, tudo bem? A temporada de spoilers segue a todo o vapor e por aqui seguimos as análises de cards que podem ter algum impacto dentro dos principais formatos.
No artigo de hoje, vamos falar do príncipe dos elfos de Skemfar do plano de Kaldheim, Tyvar, Jubilant Brawler, que chega pronto para realizar feitos há serem cantados pelos Skalds em toda Kaldheim.
Sobre Tyvar Kell
Tyvar foi apresentado em Kaldheim como um elfo de longas tranças vermelhas, corpo musculoso, com uma série de amuletos e um par de braceletes, um deles contendo uma lâmina de bronze.
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Características
Ele tem um aspecto jovial, além do padrão de sua raça, e um ar presunçoso, chegando ao ponto de se apresentar para Kaya como “o maior herói de todos os reinos”.
Além de suas excelentes habilidades de combate, ele também consegue transmutar um material em outro que ele esteja tocando, podendo, inclusive, alterar a pele de outros seres que ele toque, ou até mesmo sua própria pele. Outra característica da sua habilidade é que ao transmutar outra pessoa, esta não consegue usar seus poderes enquanto permanecer neste estado.
Uma fato curioso é que, devido a características dos reinos serem ramificações da árvore-mundo no plano, este elfo acreditava que Zendikar fazia parte das ramificações. Foi só quando foi transplanado sem notar, que descobriu se tratar de outro plano durante seu encontro com a líder dos Orzhov.
Agora que conhecemos um pouco mais do Príncipe dos elfos de Kaldheim, vamos analisar a sua versão de Phyrexia: All Will be One!
Tyvar, Jubilant Brawler

Tyvar, Jubilant Brawler é um planeswalker de três manas, com duas habilidades ativadas e uma estática e sem “ultimate”. O card tem o design de catalisar estratégias centradas em habilidades ativadas com custo de “virar a criatura”, tanto por tirar o enjoo de invocação quanto por desvirar sua criatura.
Também permite avançar planos de jogo baseados no uso do cemitério, podendo inclusive retornar criaturas de baixo valor de mana para mesa enquanto alimenta o mesmo.
Análise do Card - Tyvar, Jubilant Brawler
Sua habilidade estática consegue gerar valor imediato para sua board, podendo surpreender o adversário que deixar para lidar com as criaturas no turno seguinte.
Sua primeira habilidade ativada permite reusar suas criaturas ou até mesmo deixar um bloqueador pronto para proteger os pontos de vida. Por fim, retirando marcadores, conseguimos alimentar o cemitério e muitas vezes voltar as peças importantes para nossa estratégia. Reflection of Kiki-Jiki, Llanowar Elves, Katilda, Dawnhart Prime, Prime Speaker Vannifar são alguns exemplos de cards que são potencializados com a presença do planinauta na mesa.

Tyvar, Jubilant Brawler no Standard
No metagame Standard atual, apenas o Jund poderia ser uma casa para o planeswalker devido à sua combinação de cores. Vamos analisar se ele poderia encaixar no baralho.
Jund Midrange e Combo
Existem duas versões do baralho; uma mais Midrange, focada em reanimar uma criatura decisiva como o Titan of Industry, e outra “combo”, que utiliza o feitiço Chaotic Transformation. Na versão combo, não existe sinergia com o planinauta, então ele não tem encaixe para essa linha de jogo.
Como o Midrange utiliza a tática de reanimar como forma de acelerar sua win condition, Tyvar, Jubilant Brawler pode não ser o card mais eficiente para esse plano de jogo, competindo com opções mais versáteis como Liliana of the Veil e Fable of the Mirror-Breaker, que estão na mesma curva de mana.
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Ainda assim, ele pode ter um encaixe com uma tática mais focada em mill, utilizando criaturas como Gnawing Vermin, Blanchwood Prowler e Undead Butler, que podem ser reanimadas e desta forma alimentar o cemitério novamente.

No entanto, com um metagame com tantas remoções, algumas estratégias podem estar aguardando a entrada do nosso planeswalker para cavar seu espaço.
Abzan Toolbox
Neste deck, temos o uso da carta Fauna Shaman como forma de achar o que procuramos dentro da nossa “caixa de ferramentas”. Na minha opinião, o baralho pode encontrar o valor que precisa para superar as remoções dos Midranges do formato com a adição do Tyvar, Jubilant Brawler .
Eu obtive a base desta lista pelo canal do André Manenti, realizei pequenas mudanças, para incluir o planeswalker e acrescentei um sideboard para adequá-la às partidas de torneios.
Como a estratégia do deck se baseia em procurar a criatura necessária para cada situação, a possibilidade do Fauna Shaman entrar e já produzir valor é extremamente interessante, capaz inclusive de ser ativado mais de uma vez no mesmo turno.
Como grande parte das criaturas do baralho tem custo 2 ou menos, ao descartar uma delas, podemos trazê-las de volta com a segunda habilidade do nosso planinauta, bem como reanimar algum Fauna Shaman que tenha sido removido, garantindo a consistência do baralho.
Abzan Katilda Mana Dork
Outro possível deck é baseado na Katilda, Dawnhart Prime e sua habilidade de fazer todos os humanos gerarem mana.
Nessa linha de jogo, o objetivo é encher o campo de batalha no menor tempo possível. Com esse intuito, o deck visa combinar a Katilda e o Tyvar para conseguir encher o campo de batalha.
Com a Habilidade estática do planeswalker, da bruxa e o fato de todas as criaturas serem humanas, é possível conjurar os
humanos de baixo custo já habilitados para gerar mana e, assim, crescer a board rapidamente para finalizar o jogo com uma das formas de aumentar o poder da board que o deck oferece.
Pela curva do baralho ser baixa, Tyvar pode ser utilizado para crescer a board, trazendo alguma peça do cemitério de volta ao jogo ou mesmo retornando a Katilda, fornecendo resiliência ao plano do baralho.
Tyvar, Jubilant Brawler no Pioneer
Com uma quantidade de cards maior, o Pioneer tem um potencial muito mais vasto de utilização do planeswalker. Nesse ponto, duas estratégias podem surgir e pegar o metagame de surpresa no formato.
Vannifar Combo
O Vannifar Combo original exigia um setup para realizar seu plano e finalizar o jogo.
Ele consiste em conjurar o Prime Speaker Vannifar, passar um turno sem perder ele e no retorno iniciar o combo, caso você tenha as peças necessárias. A lista original é do Joel Larsson, com minha sugestão de inclusão do Tyvar, Jubilant Brawler.
Com o nosso planinauta, o combo pode ser iniciado assim que Prime Speaker Vannifar entrar em campo, permitindo que o oponente seja pego despreparado.
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Além de otimizar o combo, a segunda habilidade também permite trazer de volta o Corridor Monitor para iniciar o combo caso esteja no cemitério e não tenha mais nenhuma criatura disponível, garantindo assim, uma consistência maior para o deck.
Funcionamento do Combo

1 – Prime Speaker Vannifar com uma criatura de custo 1 na mesa, ative a habilidade do Vannifar sacrificando a criatura de custo 1 e procurando o Corridor Monitor.
2 – Ao entrar no campo, Corridor Monitor desvira Vannifar que, por sua vez, sacrifica o Corridor Monitor buscando o Extraction Specialist, retornando do cemitério o Corridor Monitor. Esse processo é repetido até buscar todos os Extraction Specialist.
3 – Ao buscar o último card, continuaremos o looping, mas buscando o Glasspool Mimic para copiar o Extraction Specialist e com isso retornar o Corridor Monitor e repetir da mesma forma do passo 2 até acabar os Glasspool Mimic.
4 – Ao finalizar o looping, o próximo passo é buscar o card Keldon Strike Team, que dará ímpeto para todas as criaturas, podendo assim atacar com tudo que entrou em campo neste turno.
Golgari Elves
Outro deck que aumenta seu potencial é o BG Elves, que tem como estratégia conjurar elfos (mana dorks) e ir aumentando a mesa com Elvish Warmaster, Dwynen’s Elite, repondo a mão com Leaf-Crowned Visionary e Elvish Visionary.
Com a mesa cheia, é possível complementar o dano restante com Shaman of the Pack. Segue abaixo a sugestão do baralho com a inclusão do planinauta. Essa lista foi adaptada da lista de W. Yidong.
Nesse tipo de baralho, Tyvar, Jubilant Brawler consegue agregar muito valor. Os principais geradores de mana conseguem entrar em campo e se pagarem em custo de mana, conjurados assim de forma gratuita e alimentando a board enquanto o planeswalker se encontrar em campo.
Também é possível trazer de volta criaturas-chave que tenham sido removidas, como Leaf-Crowned Visionary e Elvish Warmaster, contribuindo assim ativamente com a velocidade, gás e estabilidade do deck. Acredito ser a casa ideal para o card.

Abzan Greasefang
Para os principais decks do metagame, o príncipe dos elfos não aparenta ter um encaixe tão bom quanto nos decks apresentados anteriormente, porém ainda pode ser aproveitado pelo Abzan Greasefang.
Com a estratégia de mill a todo o vapor, o baralho busca nos primeiros turnos colocar os veículos, que serão reanimados, no cemitério, e trazê-los de volta com Greasefang, Okiba Boss.
Embora apenas a habilidade de triturar tenha sinergia no baralho, contribuir com um reaproveitamento das criaturas utilizadas no princípio do jogo enquanto alimenta o grave, permitindo, assim, uma nova etapa dos efeitos dessas criaturas pode ser útil, principalmente contra decks mais aggros, onde o tempo é um de seus inimigos.
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Sua primeira habilidade ajuda a conservar o bloqueador que tripular o veículo, podendo evitar que sofra mais danos.
Acredito que o Greasefang possa acabar testando uma ou duas cópias, no máximo, visando entender se a contribuição é mais eficiente do que as peças que precisarão ser removidas para abrir espaço.
Tyvar, Jubilant Brawler no Limitado
Para o limitado, Tyvar, Jubilant Brawler não oferece um grande impacto, mas em arquétipos de reanimate ou que chequem o cemitério, ele pode ser uma boa opção para manter o grave alimentado.
De um modo geral, ele vai depender das sinergias construídas no baralho. Criaturas com efeitos que necessitem virar como custo podem ser aceleradas, não dando tempo de seu oponente removê-las antes de sua ativação. E sua primeira habilidade pode funcionar como vigilância, permitindo ataques com uma criatura com evasão em situações de campo travado.
Conclusões
Tyvar, Jubilant Brawler oferece um potencial considerável para decks do formato construído, acelerando estratégias para evitar que peças-chave sejam removidas antes de gerarem o seu valor.
Suas habilidades contribuem de forma melhorar combos já existentes (Vannifar, por exemplo), abrindo um grande potencial para que outras sinergias surjam, dando vida a novos decks.
Na minha opinião, seu melhor potencial se encontra em baralhos de mana dorks, sendo acelerador, potencializador e estabilizador da estratégia. Vejo muito potencial com o Golgari Elves no Pioneer.
Espero que tenham gostado do artigo.
Em caso de dúvidas, utilize a área de comentários, que ficarei feliz em responder.
Grato pela leitura!
Até o próximo.
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Pedro Theo • 01/24/23
Dereck Duque Es • 01/24/23
Paulo Soares • 01/24/23
Dereck Duque Es • 01/24/23
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