Introdução
Querido por muitos jogadores de Magic: the Gathering, o Commander apresenta toda uma gama de variantes que vão desde reconfigurações de boa parte das regras do formato até combinações dele com outras formas de jogo, como o Imperador e o Tribal Wars (alguns funcionários da Wizards of the Coast estão chamando agora de Typal Wars).
Sim, o Tribal Wars existe/existia como um formato construído próprio e casual, originalmente compreendendo um baralho de 60 cartas que segue as mesmas regras de construção de deck do Standard, Modern, Legacy ou Vintage, exigindo-se que ao menos um terço do baralho seja de um único tipo de criatura. Além disso, as regras variam de acordo com a localidade, da mesma forma que a lista de cartas banidas.
Agora, ao ser combinado com o Commander, o Tribal Wars assume as suas regras de construção de deck e as demais regras tendem a variar conforme o grupo de jogo e a localidade, sendo que algumas dessas variações, bem como explicações acerca dos motivos delas e das regras variantes, já foram abordadas aqui mesmo na Cards Realm, no artigo Entendendo o Commander Tribal Wars: Regras e Como Funciona.
Contudo, neste e em futuros artigos, bem como para os decks aqui apresentados, serão consideradas as regras adotadas pelo grupo EDH Tribal Spelltable, a saber:
Regras do Tribal Wars
1 – O comandante deve ser da tribo escolhida ou citar o tipo de criatura da tribo no texto da carta.
2 – Morfoloides lendários serão válidos como comandantes apenas para a tribo dos morfoloides.
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3 – Para se configurar como tribal, o deck deve conter, no mínimo, 25 criaturas que compartilhem o mesmo tipo da tribo escolhida, sem contar com o comandante. Cartas tribais, como mágicas instantâneas, feitiços e outros tipos, não somam para essa quantidade mínima.
4 – Morfoloides só serão permitidos de forma moderada, para aquelas tribos que não possuem o suporte necessário para atingir a quantidade mínima, como, por exemplo, os Atogs, que contam com apenas 12.
5 – Atingindo o número mínimo da tribo, é possível colocar outras criaturas que não correspondam a mesma, porém, nunca poderão possuir uma quantidade maior que a da tribo escolhida.
6 – Os decks podem possuir combos, sendo que 50% (sempre arredondado para cima) das peças de combo devem estar ligadas à tribo.
Além disso, o grupo também utiliza o site EDHREC como norte para a definição das tribos permitidas. Caso tenha ficado interessado no grupo, ele organiza torneios trimestrais e o link para o seu grupo de WhatsApp é: EDH Tribal Spelltable.
Dito isso, vejamos alguns decks para jogar essa maravilhosa variante!
Top 10 Decks Para o Commander Tribal Wars
Considerações e Menções Honrosas
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Quando falamos em “tribal” no Magic: The Gathering, é impossível não lembrar das tribos que são icônicas do jogo, como goblins, elfos, tritões ou zumbis e, considerando a obviedade de escolha de decks voltados para elas, preferi deixá-las de fora desta lista para priorizar tribos que podem não ser tão automaticamente lembradas.
Porém, isso não significa que tais tribos não sejam boas e deixo aqui a menção honrosa ao Krenko, Mob Boss como comandante tradicional de decks de goblins, ao Ezuri, Renegade Leader como comandante Mono Green de elfos e ao Lathril, Blade of the Elves como o melhor comandante BG de elfos, enquanto Wilhelt, the Rotcleaver e Svyelun of Sea and Sky podem ser considerados excelentes comandantes UB para os zumbis e Mono Blue para os tritões, respectivamente.
10 – Sethron, Hurloon General: Tribal de Minotauros
Eis um baralho que não conta com nenhum grande segredo, possuindo uma linha de jogo relativamente simples: fazer volume e bater, sendo que, se tudo der certo, ele vai montar uma boa board e bater em fases de combate quase infinitas, proporcionadas pela habilidade de Moraug, Fury of Akoum.
Por fim, caso você queira, é possível adicionar ao menos um combo ao baralho, com Magar of the Magic Strings.
09 – Immard, The Stormcleaver: Tribal de Soldados
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Pode-se dizer que, juntamente com os goblins, elfos, tritões e zumbis, os soldados são uma das tribos tradicionais do jogo, estando muito mais associada à cor branca. Justamente por isso e diferentemente das quatro outras tribos mencionadas, trouxemos um deck dela para a nossa lista que não se encontra focada apenas nessa cor.
Opcional: a tribo atualmente conta com outro excelente comandante, que poderia entrar aqui no artigo e que é Mono White, no caso, a Myrel, Shield of Argive. Inclusive, no deck aqui apresentado, se encontra nas 99 cartas comandadas por Immard, the Stormcleaver, que também é conhecido como Guile, Sonic Soldier.
08 – Edgar, Charmed Groom: Tribal de Vampiros
Sim, o Edgar Markov é o principal nome para comandante quando pensamos em um tribal de vampiros, porém, ele acaba caindo no mesmo critério de obviedade dos comandantes com menção honrosa.
Pensando nisso, o Edgar, Charmed Groom se mostra uma boa pedida para montar algo diferente e que se mostra muito consistente, sem correr tanto risco de ter sérios problemas com uma base de mana de três cores.
07 – Gishath, Sun’s Avatar: Tribal de Dinossauros
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Dinossauros! Quem não os ama? No caso desse tribal, ao invés do Zacama, Primal Calamity – que contém as mesmas cores e é muito mais voltado para combar, o comandante Gishath, Sun’s Avatar é bem mais indicado para a temática tribal, uma vez que ele nos possibilita fazer um volume muito maior na mesa.
06 – Mirri, Weatherlight Duelist: Tribal de Gatos
Aqui temos um tradicional deck GW de geração de fichas com temática tribal de gatos, focado em bater muito.
A comandante contribui para gerar tanto um stax defensivo na mesa, uma vez que cada oponente somente poderá atacar você com uma criatura em cada combate, quanto ofensivo, reduzindo a quantidade de bloqueadores possíveis dos seus oponentes para apenas um a cada combate.
05 – Giada, Font of Hope: Tribal de Anjos
A tribo dos anjos conta com cerca de 50 opções de comandantes, entre multicoloridos e monocoloridos, mas Giada, Font of Hope pode ser simplesmente ignorante!
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Entrando na mesa garantidamente no segundo turno e potencialmente no primeiro, ela não apenas funciona como uma aceleração de mana, como faz com que cada outro anjo que você controla entre no campo de batalha com um marcador +1/+1 adicional para cada outro anjo que você já controla. Isso significa que cada novo anjo que cair na mesa sob o seu controle entrará maior que o último.
Além disso, o baralho não sofre para a "zica" de outras cores de mana e tem acesso a pelo menos outra condição de vitória, como o Aetherflux Reservoir, além de contar com interações interessantes, como Platinum Angel e Avacyn, Angel of Hope.
04 – Brimaz, Blight of Oreskos: Tribal de Phyrexianos
Sendo a maior tribo de todo o Magic: The Gathering, os phyrexianos possuem uma grande variedade de possíveis comandantes em todas as cinco cores.
Com o lord phyrexiano, Grafted Butcher, lançado em 2023, sendo de cor preta e com Phyrexian Censor possibilitando segurar um pouco a mesa de quem não possua mágicas phyrexianas, temos a combinação BW como a melhor escolha e Brimaz, Blight of Oreskos como o comandante ideal, uma vez que nos possibilita não apenas uma grande geração de fichas de Incubator, como também permite o crescimento delas. Ou seja: volume e dano massivo.
03 – Aegar, the Freezing Flame: Tribal de Gigantes
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Embora a tribo dos gigantes se encontre presente em todas as cores e possamos montar decks diversos, as versões RW, com o comandante Kalemne, Disciple of Iroas, e UR, com Aegar, the Freezing Flame, despontam como as melhores.
Porém, enquanto o baralho RW depende muito que o comandante esteja no campo de batalha para que algo seja feito, o mesmo não ocorre com a versão UR que, além disso, conta com uma absurda geração de vantagem de cartas, dificilmente ficando sem cartas na mão e podendo buscar as respostas adequadas para as situações que surgirem na mesa.
Além disso, o baralho comandado por Aegar, the Freezing Flame possui vários caminhos disponíveis para alcançar a vitória e pode ser facilmente adaptado para o ambiente não tribal do Commander 500 sem perder as suas linhas de jogo.
02 – Hamza, Guardian of Arashin: Tribal de Elefantes
Essa lista aqui não apenas conta com a temática de marcadores +1/+1 que é característica da combinação GW, como o comandante, Hamza, Guardian of Arashin, se aproveita absurdamente disso para ser conjurado por apenas uma mana branca e uma verde, também fazendo com que os seus irmãos de tribo entrem em jogo muito mais fácil e rapidamente, de modo que criaturas pesadíssimas, como Terastodon, Sandsteppe Mastodon e Thorn Mammoth passam a custar apenas duas manas verdes.
Além disso, o deck também consegue proteger as suas criaturas na mesa de alguma global eventual e conta com a possibilidade de ele próprio realizar uma limpeza de mesa sem perder as próprias criaturas – desde que elas estejam com ao menos um marcador +1/+1.
01 – Miirym, Sentinel Wyrm: Tribal de Dragões
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Por mais que seja tentador montar um deck comandado pela Miirym, Sentinel Wyrm mais focado em clones e voltado para combar com isso, uma versão tribal do baralho é, sem qualquer sombra de dúvidas, algo muito potente e que, devido às cores empregadas, tem acesso à ramp, anulação e limpeza de mesa, entre outras proteções, como Cyclonic Rift e Heroic Intervention.
Além disso, sempre é perfeitamente possível incluir no deck os bons e velhos Niv-Mizzet, Parun, Niv-Mizzet, the Firemind e Niv-Mizzet, Dracogenius acompanhados por Curiosity, Ophidian Eye e Tandem Lookout.
Conclusão
Vou ficando por aqui. Qualquer dúvida ou observação, estou disponível nos comentários abaixo!
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