Uma das expansões mais aguardadas para 2025 em Magic: The Gathering é a colaboração com a série de jogos Final Fantasy, planejada para sair em 13 de junho.
Parte do projeto *Universes Beyond, a edição traz personagens, localizações e momentos marcantes dos 16 jogos principais da franquia da Square Enix, com algumas delas já confirmadas como a cena entre Tidus e Yuna no Lake Macalania em Final Fantasy X, ou Sephiroth descendo dos céus com sua espada em Final Fantasy VII.
Neste artigo, escolhemos 15 momentos marcantes de Final Fantasy que merecem uma ilustração e/ou card na futura expansão de Magic: The Gathering. Selecionamos um para cada jogo principal da série, exceto para Final Fantasy XI, pois este autor não teve contato com o primeiro MMO da franquia.
15 Momentos que queremos ver em Universes Beyond: Final Fantasy
Final Fantasy - O Começo da Jornada

A cena mais emblemática do primeiro Final Fantasy ocorre ainda na primeira hora de jogo, em que os Guerreiros da Luz atravessam uma ponte recém-erguida e avistam o castelo de Cornelia à distância.
Essa imagem sintetiza o início de uma aventura repleta de descobertas e seria ideal para um card que celebra as raízes da série. Idealmente, ele poderia ser o card 001 da expansão, o “cartão de visitas” de Magic: The Gathering para o fascinante universo de Final Fantasy.
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Final Fantasy II - A Destruição do Dreadnought

Em Final Fantasy II, os esforços de Firion e seus companheiros são constantemente testados pela força avassaladora do Império, o que resulta em incontáveis catástrofes e mortes durante a trama. A decolagem da Dreadnought, que desencadeia a devastação em cidades como Altair, Gatrea, Paloom e Poft, ilustra a imensidão do poder enfrentado pelos protagonistas e imerge o locutor na sensação de que o Império é um inimigo forte demais para uma pequena unidade de rebeldes.
Por isso, o episódio em que, com a ajuda de Cid, Firion consegue se infiltrar na nave para implantar a Sunfire representa o primeiro sopro de esperança em uma história muito mais sombria do que a do seu antecessor, e o momento da destruição da Dreadnought com detalhes que evidenciem tanto o caos das chamas incendiando a nave quanto a sutil vitória primeira vitória contra Palamecia merece um card próprio.
Final Fantasy III - Deixando o Continente Flutuante

Final Fantasy III surpreende os jogadores ao revelar que o continente flutuante não é o limite do mundo. Durante os estágios iniciais, somos levados a explorar todo o Continente em uma aventura com os quatro Onion Knights, apenas para descobrir que um mundo muito mais vasto e antigo existia abaixo daquele pequeno pedaço de terra flutuante.
Essa descoberta, que expande a visão de um mundo mergulhado em trevas, pode ser dividida em momentos distintos: a curiosidade ao contemplar o desconhecido e o espanto ao perceber a imensidão do que estava oculto.
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Cada elemento deste cenário e a descoberta do resto do mundo remetem a uma possível mágica de ramp, ou uma mágica azul que permite olhar alguns cards do topo e escolher uma ou duas delas.
Final Fantasy IV - Cecil se torna um Paladino

A trajetória de Cecil em Final Fantasy IV é marcada por conflitos internos e uma reavaliação de seus próprios valores. Inicialmente um Cavaleiro Negro fiel às ordens do reino de Baron, ele vivencia um processo de transformação pessoal que culmina na sua redenção como Paladino.
O momento crucial desta transição ocorre em Mount Ordealis, onde Cecil enfrenta sua sombra. Além desta cena merecer um card, a história do protagonista também oferece uma oportunidade para representar, por meio de um card de dupla face, as duas fases de Cecil – o antes e o após a redenção.
Final Fantasy V - O Sacrifício de Galuf

Galuf ganha força na narrativa de Final Fantasy V com o desenrolar da trama. O momento em que ele recupera suas memórias e se revela como um rei disposto a fazer sacrifícios em prol de seu povo é um episódio marcante deste título da franquia.
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A cena de seu confronto solitário contra Exdeath, em que Galuf enfrenta magias devastadoras como Flare, Meteor e Holy e resiste para salvar seus companheiros, atacando-o até chegar no seu limite e culminando na sua morte, é um dos momentos mais intensos deste jogo.
Essa sucessão de emoções pode ser retratada em múltiplos cards ou ilustrações que enfatizem tanto a nobreza de Galuf como um rei quanto pela importância do seu sacrifício para o desenvolvimento da trama.
Final Fantasy VI - Kefka Destrói o Mundo

Kefka, o antagonista de Final Fantasy VI, opera durante a maioria do jogo como um emissário do caos que representa uma ruptura violenta contra a lógica - o sofrimento pelo mero propósito de sofrer. Nenhuma cena dele é tão marcante para os fãs quanto o momento da sua traição e eventual destruição do mundo.
Ao reunir a Warring Triad em torno de si e destruir os elementos que mantinham o equilíbrio do planeta, Kefka abre as portas para uma era de ruína. Esse episódio pode ser dividido em duas partes: a ação de trair o Imperador Gestahl e a consequência devastadora de absorver a magia das Estátuas.
Uma ilustração que enfatize tanto a figura de Kefka quanto o cenário de destruição que ele cria tem o potencial de transmitir o impacto dessa virada na história, sendo ideal para um sweeper ou destruição em massa de criaturas.
Final Fantasy VII - Nanaki, Filho de Seto
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Apesar de Final Fantasy VII ser lembrado por seus momentos de clímax, certas cenas secundárias merecem tanto destaque quanto o episódio que remete à capa deste artigo. A descoberta de Red XIII em Cosmo Canyon é um dos melhores exemplos.
Conforme Cloud explora a caverna dos Gi, Bugenhagen narra a história de um guerreiro que antecipou os movimentos dos invasores e os enfrentou sozinho. No final da caverna, Red encontra este guerreiro: seu pai, Seto, que mesmo petrificado pelas flechas dos seus inimigos, continuou na vigia de Cosmo Canyon.
As possibilidades de efeitos para essa ilustração são inúmeros: de um reprint de Cathartic Reunion até qualquer outro efeito provável de sair em uma comum ou incomum da expansão.
Final Fantasy VIII - O Duelo entre Squall e Seifer

O confronto entre Squall e Seifer é o cartão de visitas de Final Fantasy VIII para o jogador. A cutscene inicial do título é considerada por alguns como a obra audiovisual mais bem-elaborada da era do PlayStation One, e as cicatrizes deixadas no rosto de ambos no fim do confronto são um marco simbólico tanto para Squall quanto para a rivalidade do herói com Seifer durante a trama.
Final Fantasy IX - Garnet Recupera a Voz
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Inicialmente limitada pelas convenções sociais que lhe foram impostas, a princesa Garnet Til Alexandros gradualmente descobre sua capacidade de se expressar e assumir o controle de seu destino em Final Fantasy IX conforme viaja com Zidane e os outros.
Seu processo de reconquista se desdobra em etapas: de explorar o mundo em busca de meios de impedir sua mãe de começar uma guerra que culminaria na sua morte, a necessidade de assumir um trono para o qual ela nunca esteve pronta para assumir, a percepção da própria impotência perante a destruição de Alexandria, a luta interna para superar as barreiras que tomaram sua voz e, finalmente, a retomada de uma identidade além do seu papel como rainha.
A sucessão desses eventos culmina no encontro entre Zidane e Garnet onde ela usa a adaga do protagonista para cortar o próprio cabelo em um gesto simbólico de libertação, facilmente retratável em uma ilustração de card branco, talvez com algum tema de exilar cards do cemitério.
Final Fantasy X - Tidus se Despede de Yuna

O beijo de Tidus e Yuna em Lake Macalania já está confirmado em um card de nome Together Forever, então a próxima cena marcante mais lógica de merecer um card é a despedida deles no fim de Final Fantasy X, que partiu o coração de todo jovem que estava tentando não se emocionar nos anos 2000.
Autossacrifício é um tema recorrente do jogo, e poucos cards retratam tão bem esse gesto quanto Farewell, cujo reprint na expansão principal parece improvável, mas pode surgir em um drop de Secret Lair, ou em um dos decks de Commander.
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Final Fantasy XII - O Discurso de Vayne Solidor

Os diálogos de Final Fantasy XII são os mais bem-escritos de todos os jogos principais (é difícil superar Final Fantasy Tactics nesse aspecto), e um dos momentos mais emblemáticos da literatura presente no título é o famoso discurso do vilão Vayne Caridas Solidor para o povo de Rabanastre pouco após ser nomeado como cônsul.
Rabanastre havia acabado de perder a guerra contra Arcadia, e era comum que seu povo torcesse o nariz para Vayne, um Arcadiano, enquanto líder, mas seu discurso perante um público hostil foi, aos poucos, fazendo com que os olhares ressentidos dar espaço para uma salva de palmas, solidificando a posição de Vayne como um político manipulador e pragmático.
Um card como Authority of the Consuls seria ideal para ilustrar este momento, mas com o reprint dela em Foundations, é improvável que a Wizards reutilize o card na expansão de Final Fantasy, exceto em um deck de Commander.
Final Fantasy XIII - O Pilar de Cristal

Final Fantasy XIII tem como tema principal a capacidade de desafiar um destino pré-estabelecido. Apesar de todas as maquinações dos fal’cie para trazer Ragnarok de volta e causar o colapso de Cocoon, quando Vanille e Fang se transformam na criatura, eles unem suas forças para se transformar em um pilar de cristal que seguraria Cocoon para sempre.
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A formação do pilar de cristal representa a logo de Final Fantasy XIII, e a possibilidade da sua queda é um tema central de FFXIII-2, tornando-o um elemento importante da lore da saga de Lightning e, portanto, digno de um card na expansão de Magic: The Gathering, talvez como um terreno lendário, ou um artefato lendário.
Final Fantasy XIV - Amaurot e os Dias Finais

Com seis expansões, Final Fantasy XIV tem muita lore e momentos marcantes que podem entrar nos cards de Magic: The Gathering e é difícil escolher apenas um deles para essa lista, e se temos de tomar essa decisão, ela fica para um ponto decisivo da melhor expansão do MMO - e talvez a melhor história de todos os FF -, Shadowbringers.
Emet-Selch é para alguns o melhor vilão que a franquia já teve. Por um lado, vemos um indivíduo imortal e manipulador que não enxerga valor na vida e ironiza a falta de perspectiva dos mortais. Pelo contrário, Selch em um momento afirma não se sentir culpado, pois não considera não-Ascianos como pessoas “verdadeiramente vivas”. Por outro lado, o vilão tenta resolver os conflitos com os Scions através de observação, convencimento e diálogo, dando-se ao benefício da dúvida sobre as próprias convicções ao ponto de sentir empatia pelos Scions.
Essa relação culmina na descoberta de Amaurot. Um lugar precioso para Emet-Selch e o último resquício das memórias daqueles por quem ele governava, onde ele reativou a cidade e criou “fantasmas” dos seus habitantes.
Amaurot é o palco do confronto final entre o Warrior of Light e Selch ocorre, onde o vilão guia os Scions para uma recapilutação dos Dias Finais, que levou ao Sundering.
Tanto o Sundering quanto os Dias Finais e Amaurot são pontos marcantes de Final Fantasy XIV que merecem cards próprios de alguma maneira, apesar de a distribuição delas, fora a obviedade de Amaurot ser um terreno, não ser muito clara.
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Final Fantasy XV - O Último Acampamento

Ao reencontrar seus amigos dez anos após seu desaparecimento, Noctis segue para Insomnia, onde o vilão Ardyn o espera para um confronto que definirá o destino do mundo e a profecia do Rei Escolhido.
Antes de entrar na cidade, o jogador tem a oportunidade de preparar uma última refeição, e apesar do diálogo neste acampamento não ocorrer naquele momento, após o término do jogo, FFXV apresenta uma cena pós-créditos onde Noctis faz um breve discurso aos seus companheiros, que termina com a frase “vocês são os melhores”.
Final Fantasy XVI - Clive Aceita a Verdade

Clive passa o primeiro terço de Final Fantasy XVI em busca do segundo Dominante do Fogo - um homem encapuzado que estava presente no dia da Queda da Rosaria, transformou-se em Ifrit e matou seu irmão, Joshua. Durante 13 anos, ele viveu como um escravo e usou sua sede de vingança como um instinto de sobrevivência.
Uma vez livre, o herói decide iniciar sua busca pelo Dominante do Fogo com a ajuda de Cid e Gav, culminando na descoberta de que a identidade do Dominante que ele passou anos jurando vingança era ninguém menos do que o próprio Clive.
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Confrontado com a realidade, o herói retorna para o Portão da Fênix em busca de respostas, onde ele confronta suas sombras internas nos confins das ruínas, culminando no icônico momento em que o jogador precisa apertar os botões L3 + R3 para fazer Clive aceitar sua identidade como Ifrit.
Por mais marcante e icônica que esta cena tenha sido em FFXVI, é provável que ela se torne uma mágica de pump ou combat trick caso ela apareça na expansão de Magic. Clive, inclusive, é outro personagem que se encaixaria perfeitamente em um card de dupla face com “Ifrit, Eikon of Fire” como a parte de trás, possivelmente com uma habilidade ativada para transformar.
Finalizando
Esses são apenas alguns dos diversos momentos marcantes que a franquia Final Fantasy teve nos seus jogos, e a expansão de Magic da série deve não apenas conter os 300+ cards da expansão-base, como também uma leva de alguns decks de Commander e também ilustrações alternativas além da sua leva de produtos da categoria Secret Lair, então não faltam oportunidades para capturar os muitos personagens, lugares e momentos importantes dos jogos para o TCG.
Obrigado pela leitura!
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