Chegamos ao fim do Pro Tour Aetherdrift e um top 8 sem nenhum Esper Pixie surpreendeu a todos, assim como a eficácia dos Domains, mesmo com um field carregado de Gruuls. Matt Nass e companhia colocaram 3 Domains no top 4, contrariando todas as expectativas.
Porém, outros arquétipos fora da tríade principal tiveram uma performance interessante. O Golgari Graveyard de Zevin Faust (3-2 e 3-0), Jeskai Oculus pilotado por Kenta Harane (3-2 e 4-0), Gruul Leyline de Lucas Duchow (3-2 e 4-0) e Mono Red Aggro de Ian Robb (3-2 e 5-0) foram alguns dos exemplos presentes no top 8 do torneio, todos com um segundo dia espetacular.
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Hoje, vamos falar sobre o Mono Red Aggro, um arquétipo que segue apresentando bons resultados desde a rotação, sempre figurando entre os decks mais jogados e alcançando seu auge no mundial, pilotado por Quinn Tonole, que caiu na semifinal contra Marcio Carvalho e seu Golgari Midrange.
Aqui, vamos apresentar a lista utilizada por Ian Robb, falar das estratégias do arquétipo e suas peças-chave, comentar as mudanças na lista do mundial para o Pro Tour, apresentar os principais casos de mulligan, um guia de sideboard e explicar as razões para usar o baralho.
Guia de Deck: Mono Red Aggro
Como o Mono Red Aggro funciona
O deck é uma variação do Gruul, com uma base muito similar de criaturas, mas abrindo mão de cartas como Innkeeper's Talent, Pawpatch Recruit, Snakeskin Veil e Overprotect.
Nossa lista traz a Monastery Swiftspear como opção para o primeiro turno, além das quatro cópias de Rockface Village para ativar os “valiants” dos camundongos e aumentar o dano causado.
Outra diferença são os packs de burn com Burst Lightning e Lightning Strike.


Evolução do Mundial Para o Pro Tour
Com a chegada de Foundations e Aetherdrift, não só temos mais opções para o Mono Red, como as demais estratégias são reforçadas e novas estratégias surgem. Com isso, a adaptação ao novo meta se torna necessária.
Comparando a lista utilizada pelo Quinn no Mundial, temos poucas mudanças no main deck. Shock foi substituído por Burst Lightning, Soulstone Sanctuary foi acrescentado no lugar de montanhas e de 1 Witchstalker Frenzy, trazendo mais consistência.
No sideboard, tivemos a retirada de Urabrask’s Forge devido à presença de Authority of the Consuls nos sideboards contra decks agressivos.
Outra ausência foi Twisted Fealty, que perdeu eficácia com a diminuição de decks focados nos demônios e outras criaturas grandes.
As principais adições foram Sunspine Lynx e Ghost Vacuum. O lince se torna uma forma de fechar jogos em matches contra baralhos que utilizam muitos terrenos não básicos, conectando muito dano, especialmente contra Domain Overlords e Esper Pixie.
Ghost Vacuum é uma resposta necessária contra os decks de Abhorrent Oculus e Omniscience, que têm muita interação com o cemitério.


Estratégia - Ser Agressivo e Abusar das Sinergias
Nossa principal estratégia com o baralho é apresentar ameaças de primeiros turnos e potencializar o máximo de dano que pudermos antes do oponente conseguir responder.
Para isso, contamos com algumas sinergias:
Mouse/Valiant

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A primeira grande combinação do baralho é a dinâmica dos camundongos. Assim como no Gruul, vamos usar o Manifold Mouse e abusar dos Valiants, seja com o Heartfire Hero para potencializar o dano, seja com o Emberheart Challenger para achar mais recursos.
Rockface Village é uma alternativa para ativar o Valiant, além de aumentar o poder e dar ímpeto para os camundongos e lagartos do baralho.
Soulstone Sanctuary pode ser aproveitado para causar bastante dano com o golpe duplo por ser de todos os tipos.
Prowess

A segunda linha do baralho é relativa ao prowess, aproveitando as remoções do baralho para aumentar o dano das criaturas.
Muito eficiente quando combinada com Monstrous Rage.
Outras linhas de jogo

Hired Claw traz a mecânica de dano direto quando uma criatura do tipo lagarto ataca, permitindo um ótimo início de jogo quando conseguimos sequenciar mais cópias dele na mesa.

Screaming Nemesis é a principal forma de impedir o ganho de vida do oponente. A forma mais comum é utilizar os burns do baralho sobre a própria criatura. Burst Lightning é a forma mais comum de ativar a habilidade, e Witchstalker Frenzy é uma forma de aproveitar a remoção como um burn no oponente para fechar partidas.
Estratégia de Mulligan
Normalmente vamos assumir o papel de agressor, então buscaremos mãos com pelo menos 2 terrenos e ações para os dois primeiros turnos, já planejando manter pressão sobre os pontos de vida do oponente.
Heartfire Hero e Manifold Mouse são uma excelente opção de abertura do baralho.
Mãos com 3 terrenos podem ser boas se tivermos algum terreno utilitário, como Rockface Village ou Soulstone Sanctuary, permitindo que a gente progrida no jogo e gere vantagem com os terrenos. Também é importante manter o plano de jogar nos primeiros turnos para pressionar a vida do oponente.
A partir de quatro terrenos, são mãos que devemos mulligar. Não conseguiremos implementar um ritmo forte no início e entraremos no meio do jogo com o adversário com muita vida, dependendo do topo para ter recursos.
Mãos com 1 terreno só devem ser mantidas se estivermos na draw, assim teremos 2 possibilidades de cartas para encontrar o terreno. Além disso, a mão deve ser “leve”, com cartas de custo 1 para não ficarmos sem jogadas caso tenhamos que esperar mais alguns turnos.
Mãos sem criaturas são muito ineficientes para o arquétipo, então esse tipo de mão não deve ser mantida, mesmo que tenha muitas remoções.
{h3}{Keeps mais reativos}
Em partidas contra outros decks agressivos, o agressor é definido por quem começa a partida. Quando estamos comprando, devemos buscar mais remoções de início de jogo, utilizando nossos burns para segurar as ameaças do oponente.
Não hesite em mulligar mãos sem remoções.
Contra decks Mono Red ou Gruul, Screaming Nemesis se torna um muro, tornando os ataques do oponente bem ineficazes, mesmo nos casos de criaturas maiores.
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Nas matchups contra Boros Aggros, devemos nos prevenir contra Sheltered by Ghosts, que é um dos grandes problemas nesse confronto. Jogar em torno da remoção será o caminho para a vitória.
Guia de Sideboard
Gruul Mice/ Gruul Leyline/ Mono Red Aggro
Side In

Side Out

Domain Overlords
Side In

Side Out

Esper Pixie
Side In

Side Out

Jeskai Oculus
Side In

Side Out

Considerações Finais
A versão Mono Red é similar à versão Gruul, sendo um deck agressivo, mas que abre mão de proteções e poder das criaturas em troca de mais ângulos de ataque com Burns e Prowess.
A aquisição do Soulstone Sanctuary foi muito positiva aqui, pois o arquétipo precisava de um terreno-criatura para fechar partidas.
Em contrapartida, perde-se a capacidade de lidar com encantamentos, tornando mais difícil se proteger e lidar com remoções como Leyline Binding e Temporary Lockdown.
Porque jogar com o Mono Red Aggro?
O Mono Red é um deck extremamente rápido e que manteve o melhor da sinergia do Gruul com os Valiants e conseguindo mais acesso ao "Prowess" como forma de acumular dano.
Suas remoções podem ser usadas como Burn, dando versatilidade e novos ângulos de ataque.
A facilidade de ativar a habilidade do Screaming Nemesis é outro ponto relevante, forçando o oponente a ficar com pouca vida - assim, podemos finalizar com dano direto, seja com Sunspine Lynx ou mesmo com Hired Claw.
Se isso não for o suficiente, o baralho apresentou uma taxa de vitória acima de 65% contra Gruul Mice e Domain Overlord no Pro Tour, dois dos três baralhos mais usados no formato. Além disso, teve também 56% de vitórias em todos os confrontos do Pro Tour.
Porém, se o meta da sua loja de jogo é dominado por Esper Pixie, talvez o Mono Red Aggro não seja uma boa opção, já que tem uma match muito difícil contra esse arquétipo.
A seção de comentários está à disposição para dúvidas. Um abraço e até o próximo artigo!
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